Lubango - A permanência de docentes cubanos a leccionar na Faculdade de Medicina da Universidade Mandume Ya Ndemufayo (UMN) não está em risco, como se propala nalguns círculos huilanos, desmentiu hoje, no Lubango, a ministra do Ensino Superior, Ciência e Tecnologia e Inovação, Maria Bragança Sambo.

Fonte: Angop

Falando aos jornalistas em antevisão à inauguração das novas instalações da referida unidade orgânica da UMN nesta terça-feira, no quadro da visita de dois dias do Presidente da República, João Lourenço, à província da Huíla, a ministra disse que “não há risco, nem cortes. Esses cursos vão funcionar com normalidade nas condições actuais”.

Segundo a governante, ainda não foi possível absorver quadros angolanos que possam ministrar os cursos, pelo que há necessidade de recorrer ainda à cooperação estrangeira.

Maria Sambo declarou que o Executivo tem programado em criar condições para a realização de concursos públicos para progressivamente tornar o subsistema de ensino independente de docentes expatriados.

“O contrato que existe para que os docentes expatriados leccionem nas instituições de ensino superior é da responsabilidade do Ministério afim, mediante um acordo com Cuba, pelo que não vejo a nível local a existência de uma medida que não seja orientada pelo Ministério de tutela”, frisou.

Questionada sobre a possibilidade de criação de hospitais universitários, Maria Bragança Sambo fez saber que as prioridades do momento recaem em fazer com que todas as faculdades de medicina tenham condições dignas.

“Enquanto não tivermos condições para ministrar os cursos, não podemos pensar já em hospitais universitários. Já que as unidades de carácter provincial têm características para a docência deve-se articular bem com as suas direcções para que as aulas práticas decorram com normalidade”, esclareceu.

A Faculdade de Medicina matriculou no ano em curso 561 estudantes do primeiro ao sexto ano, assegurados por 43 docentes, 36 dos quais de nacionalidade cubana.