Lisboa – O Banco Internacional de Credito (BIC),  é a instituição financeira que fora usado no passado pelas empresas do extinto grupo Arosfran para repatriar fundos para o exterior do país. O libanês Kassin Tajedeen, que controlava estas empresas - todas implantadas no mercado angolano - foi detido pelas as autoridades norte americanas que o acusam de ter financiado a rede terrorista do Hezzbolah.

Fonte: Club-k.net

BIC oferecia privilégios a empresas  conotadas  ao Hezbollah

A Arosfran mantinham relações privilegiadas com o Banco BIC, na altura dirigido pelo português Fernando Mendes  Teles -  que resultaram em “ofertas” como tarifários especiais de despesas e encargos bancários. No dia 9 de Março de 2011, a direção da Arosfan escreveu ao Banco BIC introduzindo uma lista de filiadas suas (Chirand Lda, Purangol, Massabia, Tajtex, Fazenda Ulua e Golfrate) que estavam a ter um aumento no volume de negócios.


A Arosfran lembrava, na carta que o Club-K teve acesso, que á semelhança da sua situação - que usufruía condições especiais - solicitava também “no sentido de anuir um tarifário especial de despesas e encargos bancários, para todas as empresas acima alistadas, fundamentalmente sobre as comissões imputadas as ordens de pagamento ao exterior”.


O Departamento do Tesouro (DT) dos EUA identificou algumas transações bancarias das empresas do Grupo Arosfran, feitas através do banco BIC, como tendo conexões com o terrorismo internacional. Em resposta, os EUA declararam sanções e reportaram, o facto, ao governo de Angola que viu-se obrigado a expulsar do país o empresário libanês Kassin Tajedeen. Tendo em conta que o mesmo dominava o mercado de abastecimento alimentar em Angola, o Estado angolano disponibilizou 325 milhões de dólares para compra do Grupo Arofran. Há informações indicando que os negociadores angolanos apenas pagaram 100 milhões de dólares ao empresário libanês sendo que a outra parte “voo” com os facilitadores da parte do governo de Eduardo dos Santos.


O grupo Arosfran foi transformado em empresa NDAD ligada aos generais do circulo de confiança do antigo Presidente da República, enquanto que as suas filiadas ficaram com o advogado  Rui Ferreira, a época dos factos, Presidente do Tribunal Constitucional. Ferreira era desde a década de 90, o advogado da Arosfran. O então advogado rebatizou algumas das empresas com outro nome e entregou a gestão aos seus filhos. A Fazenda Ulua passou a chamar-se “Fazenda Filomena”, em homenagem a sua irmã, Fernanda Ferreira Bravo também empresaria e dona do Colégio Filomena Elizangela.

 

As empresas herdeiras da Arosfran, agora detidas por Rui Ferreira tornaram se parcerias do libanês Kassin Tajedeen (por via dos seus respectivos filhos, Moahmed Tajedeen e Sidney Ferreira. Tendo em conta que a família Ferreira é obrigada a transferir ao exterior a parte dos dividendos das empresas a família Tajedeen no Líbano, um grupo de cidadãos nacionais, lançou um pedido aos órgãos de Inteligência e investigação (FBI e CIA), para se apurar eventuais ligações aos dividendos enviados pela família ferreira ao Hezbollah e outras organizações terroristas do mundo árabe.