Luanda - O presidente executivo do português BCP disse ontem que não há qualquer alteração à posição conhecida sobre a participação da Sonangol no banco, após notícias que aludiam ao interesse da petrolífera angolana em reduzir participações no sector financeiro, noticiou a agência Lusa.

Fonte: JA

“O plano de desinvestimentos da Sonangol no sector financeiro não é novidade. O BCP tem contacto permanente com os representantes da accionista Sonangol e pode confirmar que não há qualquer alteração à posição que oportunamente foi dada a conhecer por fontes oficiais ao mercado”, disse Miguel Maya, numa breve nota à comunicação social.


Notícias sobre esse assunto afirmam que a Sonangol está a finalizar a estratégia para se desfazer das participações que detém em bancos angolanos e no BCP e que a preferência passa por vender as acções em bolsa.


A Sonangol é o segundo maior accionista do BCP com 19,49 por cento do capital, a seguir ao grupo chinês Fosun, com 27,06, segundo dados do final de 2018.


Em Maio deste ano, o presidente do BCP já tinha dito que não antecipava qualquer consequência na posição da Sonangol depois da alteração na administração da petrolífera angolana.


“Não antecipou nenhuma consequência” dessa mudança, afirmou Miguel Maya, na conferência de imprensa de apresentação de resultados do primeiro trimestre, período em que o banco registou lucros de 153,8 milhões de euros, mais 79,7 por cento face aos mesmos três meses de 2018.


Em causa, estava a substituição de Carlos Saturnino do cargo de presidente do Conselho de Administração da Sonangol, por Sebastião Gaspar Martins.


Em Março, numa entrevista à RTP, o Presidente João Lourenço foi questionado sobre as orientações dadas à Sonangol relativamente às participações que a petrolífera detém em Portugal (indirectamente na Galp e directamente no Millenium BCP), tendo dito que são para manter.