Lisboa - Circula em meios diplomáticos, em Luanda, informações segundo as quais as autoridades norte-americanas estariam a condicionar o retorno da distribuição das notas de dólares, exigindo como moeda de troca o afastamento de figuras politicamente expostas dos lugares chaves do aparelho do Estado.

Fonte: Club-k.net

José Massano e Edeltrudes da Costa

Da lista de figuras cujas cabeças estariam neste condicionalismo, consta nomes como Augusto Archer Mangueira, recentemente afastado do Ministério das Finanças, Rui Constantino Ferreira, recentemente saído do aparelho judicial e José de Lima Massano, que cuja saída – do cargo de governador do BNA - deverá ser anunciada nos próximos dias. Da lista constam ainda outros nomes como o de Edeltrudes Maurício Fernandes Gaspar da Costa, actual director de gabinete do Presidente da República.


Recentemente o semanário “Valor Económico” fez referência que a Reserva Federal dos Estados Unidos da América (EUA) exigiu o afastamento imediato de pessoas politicamente expostas (PEP) do controlo dos bancos comerciais entre as exigências para acabar com as restrições do dólar a Angola. A Medida junta-se à revisão da lei contra lavagem de dinheiro já pedida pelo GAFI, FMI, BCE e o próprio EUA.


Citando fonte da Câmara de Comércio Estados Unidos-Angola (USACC), a publicação adiantou que a medida é uma das imposições que o tesouro do EUA quer ver incluída nas alterações da lei contra o branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo, processo em curso por exigência de vários organismos financeiros internacionais como o Grupo de Acção Financeira (GAFI), o FMI e o Banco Central Europeu.


No inicio deste mês, a embaixadora de EUA, em Luanda, Nina Maria Fite, informou as autoridades que a Reserva Federal do seu país deu luz verde à retoma da relação de bancos correspondentes norte-americanos com instituições financeiras angolanas, sem, no entanto, avançar uma data.


A diplomata afirmou que a retoma da correspondência entre bancos angolanos e norte-americanos, suspensa em 2016, está a ser analisada pelos Governos de Washington e de Luanda, sem que esteja ainda marcada qualquer data.