Luanda - O investidor angolano José Carlos de Castro Paiva, da imobiliária Solar Tambaú, diz serem “completamente falsas” as informações segundo as quais a empresária Isabel dos Santos tenha participação ou negócios com a firma de que é investidor maioritário.

Fonte: JA

“Tal insinuação, uma flagrante inverdade, serve para provar que muito do que é escrito é totalmente falso e em conjunto com outros detalhes publicados coloca dúvida sobre o motivo verdadeiro da publicação desta matéria”, disse.


No centro da polémica, está uma eventual ligação corporativa e administrativa entre a Solar Tambaú e o Resort Mussulo By Mantra.


José Carlos de Castro Paiva disse ao Jornal de Angola que a única ligação entre as entidades está no facto de o empresário ser proprietário de três do total de 102 (cento e dois) bangalôs do referido empreendimento turístico.


De acordo com o empresário, a Solar Tambaú é um investimento de que é sócio maioritário ao passo que o Resort Mussulo By Mantra foi construído por um grupo de 60 investidores angolanos que, em busca de negócios, viu na ausência de um resort de padrão internacional na Paraíba uma “boa” oportunidade de investimento.


Para os promotores do empreendimento, os investidores e parceiros podem ficar, absolutamente, tranquilos quanto à lisura deste e certos de que as informações solicitadas pelas autoridades brasileiras foram prestadas com toda a clareza necessária.


Dizem ainda, por outro lado, que todo o investimento estrangeiro realizado no Solar Tambaú entrou no Brasil através do sistema bancário nacional, devidamente justificado e fiscalizado, respeitando as regras bancárias brasileiras impostas pelo banco central e que estão entre as mais rígidas do mundo.

Golpe no Mussulo


O primeiro e único resort da Paraíba, inaugurado em 2009, viu-se obrigado a encerrar a sua actividade em 2019. O empreendimento foi vítima de golpe financeiro praticado nos anos anteriores por parte de pessoas que o geriam, tendo resultado até na prisão dos envolvidos e abertura de uma acção penal contra os criminosos, movida pelos investidores.


Após o encerramento das actividades do Mussulo, isto em Novembro do ano passado, conforme apurou este diário, ocorreu o furto de documentos e de equipamentos de todos os bangalôs, que se acredita tenha sido incentivado por alguns ex-funcionários e que está sendo objecto de inquérito policial.
De acordo com os dados obtidos, o encerramento das actividades do Resort Mussulo causou a perda de 150 postos de trabalho.