Luanda - Cinquenta e cinco (55) indivíduos foram detidos nas últimas 24 horas, em Luanda, pelas forças de defesa e segurança, por prática de actividade desportiva colectiva (atletismo), promovida pelo cidadão angolano Álvaro Muanza "Ti Saldo".

Fonte: Angop
"Ti Saldo" é um indivíduo bastante conhecido na província de Luanda por causa da forma como se apresenta em público, normalmente com as vestes decoradas com cartões de recargas de uma operadora de telefonia móvel.

De acordo com o porta-voz das forças de defesa e segurança na Comissão Interministerial para a Prevenção e Combate à covid-19, Waldemar José, a referida actividade estava a ser realizada na Cidadela Desportiva, violando as disposições do Decreto Presidencial sobre o Estado de Emergência.

O subcomissário, que falava no encontro diário com jornalistas para a actualização de dados sobre a covid-19 em Angola, revelou que os indivíduos em causa já foram encaminhados ao tribunal para julgamento sumário.

Ainda em Luanda, relatou a detenção de um cidadão nacional, por lavar a sua viatura na via pública e insurgir-se contra as forças da ordem.

Referiu-se também à detenção de 17 pessoas na província da Huíla, por exploração ilegal de inertes, enquanto 15 outras foram detidas no Cuanza Norte e uma no Cuanza Sul, por violarem a cerca sanitária provincial.

O porta-voz refutou informações postas a circular nas redes sociais segundo as quais a advogada Paula Godinho teria “furado” a cerca sanitária, viajando de Luanda para Benguela.

Esclareceu que Paula Godinho foi autorizada pela Comissão Multissectorial de Prevenção e Combate à covid-19 a sair de Luanda para Benguela, por motivo de óbito de um tio, ressaltando que a advogada respeitou e cumpriu as disposições orientadas pela comissão.

Waldemar José desmentiu também o envolvimento de efectivos da Polícia Nacional na morte de um cidadão angolano de 34 anos de idade, quarta-feira (20), no bairro Adriano Moreira, no município do Cazenga, em Luanda, frisando que as investigações feitas pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC) concluíram que os disparos foram feitos por meliantes.

Segundo as investigações, sublinhou o subcomissário, os meliantes trajavam roupas azuis,, levando a população a presumir tratarem-se de agentes da polícia, que usam uniformes da mesma cor.

A propósito do infortúnio, a delegação do Ministério do Interior em Luanda afirma ter desencadeado diligências para localizar e deter os autores do crime e encaminhá-los aos órgãos de justiça.