Luanda - Relativamente ao arrombo dos 400 milhões de kwanzas do banco público BPC, o governador do BNA disse estar “muito preocupado quando fraudes desta magnitude ocorrem no sistema financeiro nacional”.

Fonte: JA

José de Lima Massano admitiu que o BPC tem um conjunto de deficiências e fragilidades, embora recentemente tenha adoptado um programa de reestruturação com ênfase no controlo interno.

 

O governador disse que a acção de supervisão do BNA sobre o BPC tem se mantido com a mesma intensidade. No ano passado, o BNA conduziu uma avaliação da qualidade dos activos da banca e o BPC reprovou no teste. “A nossa orientação sobre o controlo interno é que o BPC precisa acelerar a implementação de medidas que protejam melhor os activos que tem à sua guarda”, afirmou Lima Massano.

Governador anuncia normalização das operações diamantíferas


José de Lima Massano anunciou para breve a normalização das operações diamantíferas quer no segmento industrial, como no semi-industrial e artesanal, permitindo que estas operações ocorram em moeda estrangeira.

 

Tudo aquilo que for pagamento a residentes cambiais fora desse quadro, esclareceu o governador, deverá ocorrer em moeda nacional. A Comissão Económica foi informada do relatório trimestral sobre a origem e o destino das divisas. Até agora, 95 por cento das cambiais continuam a ter como fonte o sector petrolífero. No primeiro trimestre deste ano, registou-se uma queda de cerca de 27 por cento das receitas.

 

José de Lima Massano lembrou que o país registou também um recuo na captação de receitas no sector diamantífero no primeiro trimestre, com uma quota de cerca de 3 por cento nas exportações.

 

Ainda assim, os bancos comerciais em virtude da compra ao BNA nas sessões de leilão, e as que passaram a fazer directamente ao sector petrolífero, colocaram neste primeiro trimestre cerca de 3 mil milhões de dólares no mercado cambial dos quais quase 50 por cento foi destinado para mercadorias.