Luanda - Neste artigo descrevo semelhanças surpreendentes entre o ex. Presidente e o actual Presidente.Em Dezembro de 2018, João Lourenço decidiu reunir-se com algumas organizações da Sociedade civil e figuras afins, a intenção deste encontro era esfregar aos amigos do ex. Ditador José Eduardo dos Santos que ele contava com o apoio daquele que durante anos contestavam a presidência do ancie president. O tempo passou, Jlo não conseguiu durante os meses e dias enquadrar as sugestões que lhe foram dadas por essas organizações, ou seja, manteve o distanciamento com elas, exceptuando com o Rafel Marques.

Fonte: Club-k.net

Nos últimos dias, sobretudo, devido a questão da Pandemia que assola não só Angola, mas o mundo inteiro, o governo liderado por João Lourenço (MPLA), depara-se com uma situação bastante complexa, tendo em conta que milhares de angolanos sobrevivem na rua por conta da pobreza promovida pelo seu partido que está presente em toda a dimensão da vida da população desde 1975. João Lourenço inspira-se em Deng Xiao Ping- promotor da reforma e da abertura no domínio económico da China.Tal como Deng fez com Mao Tse Tung, Jlo distanciou-se de José Eduardo dos Santos, mas continuam a partilhar da mesma ideologia de exclusão social, do mesmo sistema repressivo e das mesmas leis que enriquecem os empresários do partido e deixa o povo cada vez mais pobre.


O sistema político continua a ser hiper-Presidencialista, ou seja, o Presidente que não é eleito directamente pelo povo fica no topo da pirâmide administrativa com controles ao Poder Judicial e aproveitando-se da maioria parlamentar para transformar o país numa propriedade exclusiva do MPLA. A comissão política do partido controla as nomeações de todos os órgãos do aparelho do Estado, do poder judiciário , os sectores económicos do país, os órgãos de comunicação e as organizações de massas. Tal como JES, JLO baseia-se numa mistura de incentivos materiais e coercivos para persuadir a população a acatar as suas orientações. Os processos eleitorais angolanos são cobertos de fraudes, razão pela qual, produz-se representantes políticos que não representam o povo, mas o Presidente, por isso, opta-se pelo uso permanente da força como meio privilegiado para resolução de conflitos. A Polícia Nacional de Angola com a implementação do Estado de Emergência já fez 11 vítimas mortais, mas o Presidente da República sob um olhar silencioso de Lenine como se nada tivesse acontecido, um passo em frente e dois passos atrás.


A contradição entre o discurso oficial e a governação no terreno tem-se intensificado. Regista-se em Angola um parasitismo institucional por conta da centralização do Poder, por um lado, e incompetência de muitos governadores , administradores , magistrados , generais e agentes dos serviços de segurança do Estado, por outro. O cinismo de João Lourenço levou-lhe a falhar completamente no combate a corrupção, no repatriamento de capitais , na criação de um Estado de Direito, no principio do governo responsável que garantisse a transparência e a boa gestão dos fundos públicos. Apesar de ter oportunidades para fazer diferente, foca-se na manutenção das estruturas do partido e do Estado autoritário, por conseguinte, o declínio da legitimidade política intensifica-se em todos os quadrantes social, o que leva os serviços de segurança do Estado propagar inverdades contra o potencial Presidente da República de Angola Adalberto Costa Júnior do partido UNITA e dificultar a legalização de partidos políticos como O PRAJA dee Abel Tchivucuvucu.

A recente estrutura criada com a missão de prestar informações fidedignas e oportunas sobre os programas de investimentos público, constituem numa demostração clara de falta de confiança dos seus auxiliares. Nas redes sociais, circulam extractos de uma suposta carta subscrita por generais ameaçando-o abertamente, e como regista-se índices de rejeição dentro e fora do partido, o Presidente, agendou outro encontro com organizações da sociedade civil para tentar mais uma vez mostrar que está com àqueles que contestaram o antecessor. Porém, resta a saber quem são os novos rostos da Sociedade Civil para inglês ver essa falsa abertura democrática ? os mesmo de sempre ou haverá surpresa?


A juventude contestatária, nos últimos anos demostrou foco na acção com protestos especificos , tais como, a questão do desemprego, as autarquias e as propinas no ensino superior , protestos que aconteceram até na porta da assembleia e despertaram a atenção da comunidade internacional, mas João Lourenço minimizou a acção dos jovens chamando-os de “avarentos”, tal como José Eduardo havia chamado de “frustrados”. Contudo, vale reiterar que JLO tem oportunidade de redimir-se dos erros que cometeu até aqui, fazer diferente por uma Angola melhor contando não só com os membros do seu partido, mas também com as outras forças viva da sociedade. Para isso, precisa saber que nós os angolanos nunca seremos todos do MPLA, e que na diversidade o mundo é bem melhor.

HITLER SAMUSSUKU