Luanda - Cabinda vive “a paz dos anjos” sem que haja um problema militar como dizem organizações que lutam pela secessão do território, disse o jurista Carlos Veiga no programa “Angola Fala Só”

Fonte: VOA

O Dr. Veiga disse que ele próprio tem viajado em todo o território sem quaisquer problemas.

 

“A situação é pacifíca e estamos a viver a paz em Cabinda”, disse o jurista que fez uma acérrima defesa da politica do governador do território.

 

Para o jurista o problema de segurança não é o mais importante mas sim as questões económicas e de desenvolvimento da população do território.

 

“Estamos todos com grandes expectativas daquilo que está a ser feito, pois há uma nova energia na governação que tem em atenção as questões prementes do território”, acrescentou.

 

Interrogado sobre acusações de que o governo de Cabinda não respeita os direitos à manifestação e de expressão, Carlos Veiga disse que esses direitos estão consagrados na consituição angolana mas acrescentou que “o exercício dos direitos impõe respeito a regulamentações”.

 

Para haver manifestações há que cumprir regras e não podem ser violentas, disse o Dr. Veiga afirmando que é nestes casos em que regulamentações não são cumpridas que “há casos de polícia”.

 

“Casos de polícia nem sempre são casos políticos”, acrescentou.

 

O Dr Veiga disse ainda em resposta a uma outra pergunta que o “estatuto especial” para Cabinda advogado anteriormente pelo governo angolano continua em vigor.

 

“Ninguém rasgou e deitou para o lixo o estatuto especial”, disse.

 

“O grande problema está na interpretação”, acrescentou afirmando ainda que há leis que dão “um determinado estatuto, um determinado previlégio” aos cabindas.

 

Carlos Veiga enumerou ao longo do “Angola Fala Só” uma série de iniciativas económicas que o governo de Cabinda está a aplicar incluindo a construção de casas em várias zonas do território, a terraplanagem de estradas e outros.

 

A este propósito fez notar que o actual governador fez um “remanejo” dos projectos incluídos no PIIM por considerar que alguns não tinham impacto na vida das populações.

 

Entre estes mencionou a reabilitação da residência do governador, algo que o actual dirigente do território disse não ser prioritário.

 

“Ele preferiu que esse dinheiro fosse usado na reabilitação de escolas e em furos de água”, afirmou .

 

Dinheiro foi usado ou está a ser usado na reabilitação da loja de registos e do edifício geral de identificação da delegação provincial da justiça.

 

“Deu-se prioridade a projectos de elevado impacto económico e social”, afirmou o Dr Veiga que revelou ainda que “nos próximos tempos poderemos ter iluminação pública nas sedes dos municípios e comunas”.

 

Há também um projeto para a marginal de Cabinda de 14 quilómetros, a construção de uma circular eterna e a reabilitação de redes sanitárias e escolares, disse